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terça-feira, 20 de agosto de 2013

VERDE PÁSSARO PRESO





VERDE PÁSSARO PRESO
Emerson Gomes
Ora, em qual estado estou atrelado?
A me ver pasmado nesta quimera
Sem luz e sem possibilidades de refúgio
Para libertar-me dessa tortuosa prisão

Tão esmo status vê-se em quadrado
Pairando o grão do teu soberbo facão
Cortando tentativas de imaginações
E dias e  sonhos em formas e cores

Mas somente o vulgo do nobre
Desalinha o emaranhado encéfalo
Desobstruindo o surdo encarnado
Que lembram as canções de ninar

E se em inquietude atrelado estou
Rápido, volto-me a minha básica cor
Livrando-me do temido medo
Fechando-me entre os tons da dor

Entre os rios que minha veia corre
Sofro no barco das correntes mortes
De uma veia que entope os espasmos
Velando os definhados fracassos

E da janela os ventos sorrateiros
Trazem fugas  que não pairam ao sol
Mostrando os tons todos escuros
De uma história que acreditava ter luz

E quando me lembro do verde que vesti
Jogo-me bem longe dessa sujeira fria
Para desbravar caminhos e outros rios
Desconsiderado, não tenho celebrações

Longe de um sorriso construtivista estou
E folhas não gaiolas no caminho já tiveram
Uma aceitação que o erro era um acerto

E ainda não entendo os tolos devaneios
E nu me entreguei ao ideal espelho
Para entender a  realidade do outro
Aí,  visto-me certo que sonhos morrem

E mesmo não feliz como outrora fui
Vejo as linhas consideradas verdadeiras
Se perdendo a quatro ou dezesseis mãos
Numa carimbada soberba indelicadeza

Iludido, agora não estou, parei, cansei
E alivio minhas veias sobressaltadas
Que um dia minhas pernas cansavam
E corresponsável minha ação era feliz