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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

AMENTIA




AMENTIA
Emerson Gomes

Em Montanha-Russa minha mente viaja
E os sonhos passam e tentam ficar
Mas se retrai aos desejos
Logo, afetivamente a distância é fato
Camisa de força, força...
Esperança!
Ao poucos me perco, me acho
Desespero do olhar de quem me vê
Melancolia profunda, depressão, prisão
Socorro!
Pausadamente existo. Será?
Continuamente estou aqui...
Achei que estivesse
Sofro, me cosumo, me ateio a luz
Assim, alimento meus brônquios frios
Alma sofrida, não entendida
O tempo passou e agora nada mais
Nem eu, nem você, nem família
E o amor?
Enlouqueço e com os loucos padeço
Forasteiro, sei que aqui não existo
Abram os portões das ruas, das marginais
O mundo me espera
Quero andar, correr, voar...
Sentir o vento que antes vivi
Encontrar o amor, o sol, o mar e as saias
Mas sou indigente...
Desisto!
Ao lume entrego minha alma
Assim, vou...
Fumaças desenhando vão...
Loucos e desesperos juntos socorrem-me
Renascido sonho à vida
Com felicidade, gozo, cachaça e fumaça natural
E na calçada, os ônibus passam e me dão náuseas
Percebo que não sou quem eu era
E sozinho no novo mundo sonho
E saiu sem destino, observado os passos
Aprendendo mais uma vez a viver em sociedade