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terça-feira, 30 de julho de 2013

#2 TEASER FLUXO





FLUXO

A mente que não nos engana torna-se dependente do passado. Embora os sonhos possam parecer ficcionais, o cérebro nos surpreende trazendo a tona os conflitos obscuros das lembranças. E  o poeta nas suas memórias afetivas transforma as letras numa ação surreal e concreta poesia.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

FLUXO



 Cena do curta fluxo com Rebeca Porto

FLUXO
Emerson Gomes
Das lentes potentes que vejo o dia
Revigoro-me em plena fantasia
Todas saídas dos célebres papéis

Os  movimentos formando-se vão
E tudo parece ser utopia enfática
Que com a mistura da luz perfeita
A cena põe-se a  mesa para degustação

Se nos vagos casarões a retina falhar
Os  medos que se escondem por lá
Avista tudo do interior ao externo eu

Mas se em cada escada eu focar a luz
E  por ventura aparecer os tons azuis
Misturando-se vão no caos dos papeis
Parindo no breu os sofrimentos nus

De um castiçal entrego minhas velas
Todas usadas e de cores  amareladas
Darão  a luz a  sépia que muito já vivi

No branco da noiva que vaga a noite
Descubro a arte de um soberbo poeta
Que chora as lágrimas da tal solidão
Escrevendo  linhas pálidas  da morte

domingo, 21 de julho de 2013

CASA DA CULTURA




CASA DA CULTURA
Emerson Gomes

Em plena rua grande te vejo acesa
De cores pálidas e portas vermelhas
Em três níveis estás invadida de artes
Também das lembranças que te fazem

A Carruagem em tua porta parou
Trazendo os trajes das cores do sol
Contando histórias as telhas viajam
Filmando teus passos a casa vibrou

No beco estreito vejo a lua dançando
Estrelas pairando cantam rock n' roll
E o poeta tímido com a dose de amor
Misturando-se vão festejando a vida

Se a cultura existe, na casa resguardo
Sentimentos criativos da arte que pulsa
No coração do artista faminto de palco
Numa casa de cultura sua alma pairou

Entre os anseios que amornam a vila
No porto dos barcos os ventos desfilam
Vestindo uma aragem cheirosa e de cores
Revigorando e fluindo o coração do artista

Orando a santa cruz da fé de outrora
Rogamos a ti, mesmo em memórias
Pra rua grande que foi apogeu, vida...
Se firme casa da cultura do artista


sábado, 20 de julho de 2013

BECO ESTREITO






Beco Estreito
Emerson Gomes

Um turbilhão de sensações, define tuas lembranças...
Ofegante, o encontro marcado relampeja
E o futuro desordena tudo...
Desequilíbrio!
E na esquina que se destina a espera
Cansado, o tempo também fica
E a saudade é apenas o que lhes resta
Beco estreito, sem relampejo, sem mirra
As sombras não se cruzam mais
Triste desencontro!
Triste meio,
Triste processo
Fim...
Mas a lua que acompanha traz lírios
Todos com cheiros dos amores
Daqueles que já viveu, amou, maltratou
Mas que em saudades encontra-se depressão
Conformado apenas do que restou
 As lembranças dos encontros pairam
Projetando no  beco estreito
Reflexo dos olhos as cenas de outrora

sexta-feira, 19 de julho de 2013

BONINA




Bonina
Emerson Gomes

Sutilmente vejo a luz que ascende
Brilhante, aos poucos ela  ilumina
Os prantos atordoados descontentes
Da  ilusão impregnada de bonina

Austero  meu coração não reclama
E o amor que sempre me questionou
O que sentia pela sombria madona
Aos prantos,  os seios o acalentou

Os sulcos dos sentimentos, expele
Embriagando tons de sal da tua pele
Acalmando uma torrente ameaça

Sabendo que a morte é uma caçada
Em fraquejo sustenta atordoada
O final feliz que vem à galope