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quarta-feira, 24 de julho de 2013

FLUXO



 Cena do curta fluxo com Rebeca Porto

FLUXO
Emerson Gomes
Das lentes potentes que vejo o dia
Revigoro-me em plena fantasia
Todas saídas dos célebres papéis

Os  movimentos formando-se vão
E tudo parece ser utopia enfática
Que com a mistura da luz perfeita
A cena põe-se a  mesa para degustação

Se nos vagos casarões a retina falhar
Os  medos que se escondem por lá
Avista tudo do interior ao externo eu

Mas se em cada escada eu focar a luz
E  por ventura aparecer os tons azuis
Misturando-se vão no caos dos papeis
Parindo no breu os sofrimentos nus

De um castiçal entrego minhas velas
Todas usadas e de cores  amareladas
Darão  a luz a  sépia que muito já vivi

No branco da noiva que vaga a noite
Descubro a arte de um soberbo poeta
Que chora as lágrimas da tal solidão
Escrevendo  linhas pálidas  da morte