Cena do curta fluxo com Rebeca Porto
FLUXO
Emerson
Gomes
Das lentes
potentes que vejo o dia
Revigoro-me
em plena fantasia
Todas saídas
dos célebres papéis
Os movimentos formando-se vão
E tudo
parece ser utopia enfática
Que com a
mistura da luz perfeita
A cena
põe-se a mesa para degustação
Se nos
vagos casarões a retina falhar
Os medos que se escondem por lá
Avista tudo
do interior ao externo eu
Mas se em
cada escada eu focar a luz
E por ventura aparecer os tons azuis
Misturando-se
vão no caos dos papeis
Parindo no
breu os sofrimentos nus
De um castiçal
entrego minhas velas
Todas
usadas e de cores amareladas
Darão a luz a sépia que muito já vivi
No branco
da noiva que vaga a noite
Descubro a
arte de um soberbo poeta
Que chora
as lágrimas da tal solidão
Escrevendo linhas pálidas da morte