Traduzir este blog

Pesquisar

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

VERTIGEM





 VERTIGEM

DE UM BEIJO ESCANECIDO FIQUEI
DE UM OLHAR PUTRIFICADO VOLTEI
E O MEDO RODEIA MINHA VONTADE

EM PRAZERES VOU TE DEFIANDO
AOS POUCOS, EM PLENO GOZO
SUBTO ENCONTRARÁS UM CÉU
DE VERTIGENS MORIMBUNDAS

ESCANCARADO LAMBUZAREI TUA ALMA
DE UMA LAMA OPACA E AMARGA
ONDE OS VERMES MORRERÃO AO TOCAR

E NO SÓLO DE UMA DANÇA LIBIDINOSA
ENCONTRARÁS TUA PARCEIRA AMOROSA
QUE DESTILA UMA SANGRIA FRIA

E SE AOS PRANTOS FORES AO CÉU
DEITA NA CAMA DE ESPEINHOS
QUE TE RESTOU DE UM DESTINO
PARA PURIFICAR TUA DOR

METAMORFOSE





METAMORFOSE

PONDERADAMENTE EI-ME AQUI
ASSIM, SIMPLESMENTE SÓBRIO
MAS EMBEBIDO DE UM TORMENTO
QUE ME DEIXA PUTREFADO
ANIQUILADAMENTE É ASSIM
QUE MINHA ALMA ENCONTRA-SE
ATORDOADA ENTRE AS ROSAS
QUE EXALAM PEFUMES TURVOS

NOVAMNETE ESTOU AQUI,ACORDADO
MAS AGORA EM OUTROS JARDINS
QUE EXALAM PERFUMES BELOS
ESSENCIALMENTE TENROS
QUE NÃO LUDIBRIA-ME
QUE NÃO ME LESA
QUE APENAS ME DEIXA VIVO

OLÊ, OLÊ, OLÊ,OLÁ




OLÊ, OLÊ, OLÊ,OLÁ

todos os dias, sempre assim
olê, olê, olê, olá
felizes vem ao meu encontro
e uma felicidade encontrar
sorrisos, rabos contentes
olhos brilhantes, muita correria


todos os dias, sempre assim
olê, olê, olê, olá
na grama chuvisca uma água fria
sol escaldante, vejo arco íris
molhando vão, sujando o chão
mas tão felizes deixo-os patinar

todos os dias, sempre assim
olê, olÊ, olê, olá
marcas de areia, polvilhando vão
no jardim são tantas marcas
das teimosas danações
e assim brincando vão
transformando o jardim
num parque de diversão

todos os dias,  sempre assim
olê, olê, olê, olá
param e vão ao portão
quietos ficam deitados pra rua
esperando um momento pra fuga
mas não fogem e ficam felizes
brincando na noite nua

DEVANEIO





DEVANEIO

É só acordar e perceber que novamente
todas as portas para eu seguir adiante
ainda estão possivelmente fechadas.
isso me deixa totalmente inerte à vida
e cada dia que vivo percebo falhas
e não encontro meios para chegar à luz
Muitas vezes nunca sei quando é dia ou noite
simplesmente não enxergo a minha existência
sofrendo com isso minha alma embrutece 
parecendo perecer a cada segundo.
E como num devaneio de cores e formas
inexplicavelmente sinto a felicidade
e de repente vejo que era um sonho fantasioso 
deixando-me leve e radiante por instantes
e frustrado acordo com uma certeza
de que a luz não chega  a minha alma
e assim permaneço preso, solitário e agonizante.

BELA MORTE




BELA MORTE

De repente me deparo com algo
Que até então não sabia
Se me causaria medo ou não
Simplesmente fui arrebatada
E possivelmente, iludida a tal ação

Quisera eu ter o poder de contemplação
Mas, infelizmente só me restou a essa dura missão
E assim, delicadamente, apareço ou não ao seu bel prazer
mas  a de uma força superior a mim, a vós

e nessas idas e vindas, os sinos não param
zoam das almas inquietas, perturbadas
numas ondas sonoras de desesperos

e nessa melodia bela da vida embrutecida
vou me enfeitando, me arrumando
para uma acolhida fria, sombria

é chegado o dia, a grande hora de minha visita
E deliberadamente apenas exerço o que me confiam
E como numa coreografia de vidas, bailo
Levando-os ao ultimo estágio de vossas existências