MESA DE BAR
Emerson
Gomes
Garçom! Uma água com gelo e limão
Entre os
formatos se misturando vão
Traduzindo desalinhos
dos eixos sobressaltados
Toma de um
gole. Ah!
Alívio profundo
em turbulência musical
...
Suco,
refrigerante, whisky, cerveja...
Trago em um
cigarro amarrotado
Sensação marginal
E o
isqueiro em companhia fria
Gritam os
gelos cortados, em cubos, amontoados
Em sopros
esfumaçantes, vê os garçons
Desfilando,
servindo, rindo, se divertindo
Carne de
gente? Suco animal racional?
Cardápio ideal
para matar o libido
Lambuzarias,
empanturravas à galope
E somente
quando estivesse bem alimentada
Um suco de
maracujá serviria pra amenizar
E mataria a
sede que agora teria
E o cigarro
em fumaça fria morreria
Com a
inveja do calor dos corpos
É hora de
partir...
...
A conta por
favor!
Os dez por
cento, multiplicados foram-se
Pelo bom
serviço do vil pastor
Gole de
cervejas, misturando sobre a mesa
Surgiu um
frenesi coquetel
Licor de
amor bandido doce, ardido
Misturando a
venenosa libido forasteiro
Apaixonadamente
ficou...
E a outra
alma que a espera, ascende as velas
Para o
jantar de formatação
Algo para
beber...
Algo para
comer...
Para viagem
por favor!
...
Embalagem na
mesa pronta
Hora de
partir e ir...
Para casa
encontrar o real amor e jantar
Num banquete
digno de amor
Taças, vinho,
velas, e um cardápio de bar