Traduzir este blog

Pesquisar

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Cancioneiro da dor






Cancioneiro da dor

Emerson Gomes

No escuro eis que surge uma sombra
Bela sombra iluminada mortalha
Em teus gritos desobstruístes a calma
Trazendo a tona um navalha
Riscada e manchada de moralidade
E no vento da soberba maldade
Cortou em golpes de desalinhos ideais
Os sonhos de outra vida
E na sangria em uvas escaldadas
Junto, tocava uma música que embriagava
E as cicatrizes que di-la-ce-ra-vam os véus
Que zombavam como badalos de sinos mórbidos
As correntezas das íris esverdeadas
Que pro mar somente o barco de papel
E mesmo que em sonhos moderados
Eis que surgia os homens mascarados
Para ludibriar os caminhos dos achados
Mas, quanto a luz, o escuro obstrutiva passagem
Os tons vermelhos não se misturavam
Carimbando todos os tipos de papéis
Transformando os cenários acinzentado
Em cemitérios escarlates e opacos
Para guardar com muito frescor
Aquele sofrimento que deveras sentes
E se tudo isso não poupar a depressão
Roga a ti mesmo santo cancioneiro
E pedes em música os teus desejos
Para o teu tilintar derradeiro
Diga adeus sem murmúrios e dor