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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

MEDO





MEDO
Theodoro de Sena
Qual fluxo ou relato
Que te prende no céu turvo?
Travo o galho e o orgasmo
Vomita a véspera de tudo
Sereia da tarde escura
Não fujas!
Não sumas!
Deita na epiderme
da bagunça deste fumo
traz, traz! ...
se trata nas cruzes
ou largue-se 
nas privadas das compaixões
breu das latas de lixo
espectro carinho tecendo
à linha da inquietação
porém teu carisma é um velório
e a grade humana, um caixão
a mente, o teorema da covardia
diz a uma orquestra o mapa da agonia
vai a frente!
Vai em frente!
Pois para trás é a derrota
O café de outra porta
O gancho das folhas sombrias
São brisas de excitar
A virtude
Comer o perfume e transar a poesia
Se persegue a entrelinha
Persegue-se!
Persegue-se!
Faz tambor, cala-te barulho!
Cala-te que o medo está em julho
De outro mês, ouro ano, outra vida
Tarja preta tão bonita
Voa, voa, o tal exílio
Para alimentar o fio
As unhas todas na terra
A terra suja o sujo
Escarra a carne na tela
E a tela que traça o FLUXO...