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domingo, 21 de abril de 2013

SENHOR DOS AFOGADOS








SENHOR DOS AFOGADOS

Senhor dos afogados pungente
Carrego um fardo indelicado
De uma visão tardia e aniquiladora
De uma hostil e indelicada depressão
Conturbada de maus sentimentos

Senhor dos afogados estou  aqui
Pronto para iludir-me aos teus encantos
De um momento ludibriante e anestésico
Que arrebate meu ventre, minha alma

Senhor dos afogados vou-me despir
Para sucumbir-me em prazeres mórbidos
Dos que nunca senti, dos que nunca vivi
Daqueles que dizem matar de amor

Senhor dos afogados arranca-me deste preito
Aliviando minha alma indelicada
De um egoísmo de um  mundo EU
Que estilhaça os corações dos que me amam

Senhor dos afogados põe-me do teu lado
E faz-me agir como um soldado
Para disciplinar os corações a esmo
Que a deriva não veem a aurora

Senhor dos afogados arranca do peito esta dor
Para que pulses na bomba vital de outrora
Uma cintilante e metálica cor
Da tinta que não borre a vida

Senhor dos afogados eis o meu corpo no chão
Para os olhares poderem me despir
E os comentários façam valer
Das moribundas que escarneciam meu ser

Senhor dos afogados me cubra com linhos nobres
Bordados da pura cor do amor
Para que os corvos não venham roer-me
E romper minha tenra pele pálida sem sol