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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

C.A

C.A

E nas cores que soam ao vento
Vejo o tilintar dos murmúrios
Sem sonhos, sem formas
Uma pustulenta obsessão
De uma ardente tensão
Petrificou como edema
A singela válvula sangrenta
E como feridas frias em caldas
Que em  metástase assombra
Uma vida profana escarlate
Sorrir a destemida ilusão de viver
E nesse fervilhar quimioterápico
Não cessa o colapso...
Abcesso tenso, vivo, eritematoso
Repercute na bamba bobina de sol
Que nutre e que morre
Com dor,  sem flores, sem amor