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quarta-feira, 10 de julho de 2013

AS PÉTALAS





AS PÉTALAS

 

As pétalas que se esvoaçam

Levam todos os sentimentos

Levam a alma, e os demais desejos

De um paraíso que outrora vivido

 

Ente o sol e as janelas abertas

Das moçoilas que ante-espera

Um príncipe que viria do céu

Caem prantos de lágrimas cinzentas

 

E o vento se multiplica abundante

Trazendo uma poeira fria, sem cheiro

Que impregna no ser por  completo

Deixando opaca e em lama a alma

 

E entre os esfregaços mórbidos

De uma ama que já amou

Para limpar uma sujeira tenebrosa

Que por ventura em um corpo pairou

 

Sorrateiramente iam a desalentos

Os soldados em passos largos

Para as trincheiras dos amores

Libertar a alma prisioneira

 

Mas os ventos ainda castigam

As pétalas dos sentimentos nobres

Dos desejos verdadeiros

Das vidas que se entrelaçavam

 

E embebido de um fel gosmento

Eis que se embriagam os sentimentos

Para aliviar uma torrente dor

Que foram nos ares pelas pétalas

 

Esvoaçando vão, pairando, lentamente

Fixando vão, apavoradamente

Categoricamente vai surgindo o sepulcro

Que jaz uma vida de quem amou